Pronto, desta vez tinha que ser. Resisti às duas outras edições porque o conceito de circo em volta dos concertos atrai-me tanto como limpar o rabinho a urtigas e porque pagar 53 euros para ver artistas como a Shakira e o Alejandro Sanz agrada-me tanto como pagar 5 para ver o Tony Carreira e o filho em Freixo de Espada à Cinta. Mas estava a ficar farta de não poder comentar o grande evento rockeiro (cof cof), nem bem, nem mal e, depois, a cereja no topo do bolo: a Amy! Então, lá peguei em mim e arrastei esta velha carcaça para o parque da Bela Vista. Gente, gente, gente e mais gente e, ainda, GENTEEEEEEE. O concerto da Ivete deu para a galhofa e para sacudir os ossos (e talvez um pouco mais...cof cof), o da Amy foi a desgraça que toda a gente já sabe...A senhora estava realmente acabada. Não conseguia cantar, falar, andar...sei lá...Se não fosse aquele senhor gigante, o Amilcar Whinehouse, a dar o show e a apanhá-la e tudo e tudo, a coisa teria sido ainda pior, se é que é possível imaginar um cenário pior do que aquele. Valeu-nos o Lenny, que nos fez esquecer da Amy, das dores nas pernas, do cansaço, do festival e da vida, ao cantar o I'll be waiting. Note-se que é música que passa minuto sim, minuto não na rádio e que nem me faz qualquer tipo de espécie...Mas aquilo ao vivo têm outro impacto e as pessoas estão cansadas e fragilizadas e coiso e tal e ficam arrepiadas, pois claro que ficam.
Resumindo: está visto. Atenção, não foi mau, não detestei, nem nada que se pareça mas não me surpreendeu, não foi nada de extraordinário. Ah, e só não percebo como é que depois de dois festivais, a organização não perceba que as infra-estruturas são insuficientes para tantas pessoas.