Trabalho com um senhor que é pago para pensar e ter ideias espectacularmente brilhantes mas a única coisa que ele faz com verdadeira mestria é dar cabo do juízo às pessoas que trabalham com ele. Aproveita-se do estatuto da chamada velha guarda para se queixar de tudo, para se fazer de vítima - "Pois, ninguém quer saber do velho (ele próprio), ninguém diz nada ao velho..." e para exigir mil e uma coisas ridículas e sem nexo que supostamente se arranjam em todo o lado - "Ahh, eu costumo ver isso nos chineses!". Não sei que sítios é que o senhor frequenta mas tenho a certeza que hão-de ficar numa realidade paralela e à qual não tenho acesso.
É um facto que o senhor já fritou há muito tempo e se eu fosse uma grande má-língua (olha, e não é que até sou?!) podia estar alongar-me com uma série de detalhes que não interessam nada para o caso. Mas o que me irrita mesmo, mas mesmo, mesmo, mesmo é aquela mania de superioridade intelectual que o senhor tem quando dá erros ortográficos e diz asneiras que me fazem ficar completamente estupefacta. Não são gralhas e não é um erro de vez em quando, são erros ortográficos graves em todos os parágrafos que escreve. "Paços de dança", "apareçe", "voçés", "eleje" há sem h, e "á" sempre, sempre com acento agudo são pequenos exemplos dos rasgos de inteligência do senhor.
A última tirada de génio foi há bocado e eu não resisti. Então, o senhor pede-me para fazer uma "coisa" relacionada com os seguintes deuses clássicos: Eros, Neptuno, Diana, Zeus, Cupido e Baco. Eu olhei para aquilo e fiquei uns segundos a pensar se abria a boca ou não. Não aguentei e disse-lhe que Eros e o Cupido eram a mesma coisa. Fingindo não ter acontecido nada de grave ele responde-me "Ah, pois...olha, então substitui o Cúpido por Narciso". Eu escrevi deuses a bold, não escrevi?
1 comentário:
Epah.. LOOL
Duas palavrinhas para ti: Chico Esperto!
Paciência, muuuuuuita paciência. *
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