terça-feira, 28 de dezembro de 2010

This is not a love post

E não é. Há quem abra os olhos uns dias depois e há quem não o faça nunca. Há ainda quem o faça exactamente um ano depois, como eu. Exactamente um ano. E este não é um daqueles posts da gaja que encontrou outro que lhe encheu as medidas e que resolve dizer aquelas balelas tipo "o nosso verdadeiro amor anda aí", "há um sapato certo para cada pé", "todos os contos de fadas têm um príncipe", "todos os tampões têm um fio" e outras tretas que servem para vender livros de auto ajuda.
Não, não encontrei ninguém melhor ou pior e continuo a achar que o mundo das relações é muito mais complicado do que qualquer teoria de física quântica e que há becos que nunca vão ter saída. Mas acho uma ironia do caraças, descobrirmos um ano depois que aquela pessoa por quem andámos a bater com a cabeça nas paredes durante meses e meses a fio, seja na realidade uma pessoa completamente diferente daquela que nós achávamos que conhecíamos. E digo isto sem mágoa e sem qualquer tipo de ressabiamento, até porque o que descobri está ao nível de coisas tão inacreditáveis como:
a) sou um vampiro
b) sou traveca
c) sou teu irmão

Enfim.

Esta bagagem fica aqui, em 2010, continuo a viagem com as minhas cicatrizes e a minha sabedoria acumulada, mesmo com a certeza que vou voltar a cometer estes erros e outros quinhentos.

Para o ano, há mais.

Merry Whatever


Toda a gente faz posts a comemorar o aniverário do blog. Eu não.
Toda a gente faz posts a comemorar o próprio aniversário. Eu não.
Toda a gente faz posts com wishlists para o Natal. Eu não.
Toda a gente faz posts com fotos dos presentes que receberam.

Eu não...fazia até receber estas botas lindas. São tão confortáveis que, desde que as recebi, ainda não as descalcei (ok, foi só há umas horinhas atrás). Adoro-as, adoro-as, adoro-as. Já pode nevar à vontade em Paris (ou na Venda do Pinheiro) que 'tou nem aí, 'tou nem aí.





É certo que toda a gente tem blogs de jeito e faz posts coerentes e eu não. Caguei. Já disse que as minhas botas são lindas e que as adoro, já?

Obrigada, minha F. <3

domingo, 19 de dezembro de 2010

Há quase um ano que não é domingo.

"I love you in the morning, when you're still hungover"

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam."


Não sei se terá a ver com o facto de ser uma cobra desconfiada, mas fiquei a gostar um bocadinho mais do senhor e nada, nada, mesmo nada da senhora.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Bom fim-de-semana



So farewell your heart
And this is all
I've found no one
It matters not

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Dos Narcisos

Trabalho com um senhor que é pago para pensar e ter ideias espectacularmente brilhantes mas a única coisa que ele faz com verdadeira mestria é dar cabo do juízo às pessoas que trabalham com ele. Aproveita-se do estatuto da chamada velha guarda para se queixar de tudo, para se fazer de vítima - "Pois, ninguém quer saber do velho (ele próprio), ninguém diz nada ao velho..." e para exigir mil e uma coisas ridículas e sem nexo que supostamente se arranjam em todo o lado - "Ahh, eu costumo ver isso nos chineses!". Não sei que sítios é que o senhor frequenta mas tenho a certeza que hão-de ficar numa realidade paralela e à qual não tenho acesso.
É um facto que o senhor já fritou há muito tempo e se eu fosse uma grande má-língua (olha, e não é que até sou?!) podia estar alongar-me com uma série de detalhes que não interessam nada para o caso. Mas o que me irrita mesmo, mas mesmo, mesmo, mesmo é aquela mania de superioridade intelectual que o senhor tem quando dá erros ortográficos e diz asneiras que me fazem ficar completamente estupefacta. Não são gralhas e não é um erro de vez em quando, são erros ortográficos graves em todos os parágrafos que escreve. "Paços de dança", "apareçe", "voçés", "eleje" há sem h, e "á" sempre, sempre com acento agudo são pequenos exemplos dos rasgos de inteligência do senhor.
A última tirada de génio foi há bocado e eu não resisti. Então, o senhor pede-me para fazer uma "coisa" relacionada com os seguintes deuses clássicos: Eros, Neptuno, Diana, Zeus, Cupido e Baco. Eu olhei para aquilo e fiquei uns segundos a pensar se abria a boca ou não. Não aguentei e disse-lhe que Eros e o Cupido eram a mesma coisa. Fingindo não ter acontecido nada de grave ele responde-me "Ah, pois...olha, então substitui o Cúpido por Narciso". Eu escrevi deuses a bold, não escrevi?