segunda-feira, 31 de março de 2008

Um dia...

...ofereceram-me um pacote de açúcar Nicola que dizia: Um dia farei de ti a pessoa mais feliz do mundo.

E eu só gostava que um dia as pessoas deixassem de fazer promessas que não podem cumprir.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Unforgettable, that's what you are

Em primeiro lugar, odeio as finanças e tudo o que se relacione com o assunto. Odeio o IRS, odeio o selo do carro, odeio os recibos verdes, o iva, a abertura de actividade, o fecho de actividade, odeio tudo, tudo, tudo! Ah, já agora, também odeio a segurança social. Odeio a parte dos pagamentos e odeio igualmente, ou ainda mais, a parte da burocracia. Simplex? Onde? Só se for na Finlândia. De cada vez que me dirijo a uma repartição fico doente. Há coisas que não consigo resolver sozinha na net por isso tenho que cumprir essa penitência. Cada pessoa que me atende diz uma coisa completamente diferente da anterior e, por isso, obrigam-me a fazer mil e uma perguntas e a indignar-me duas mil e uma vezes. Também não faço escândalos, nem tenho problemas que me tirem o sono, faço só o meu papel de miúda parva que não percebe um rabinho do assunto. E agora perguntam vocês, o que é que esta conversa toda tem a ver com o título? Hoje fui pela segunda vez na vida às finanças aqui dos subúrbios onde trabalho, sendo que a primeira vez já foi há uns belos meses, e assim que cheguei ao balcão a senhora disse logo com um sorriso: "Ah, eu lembro-me bem de si!"

quarta-feira, 26 de março de 2008

Surrealismo ou estas-coisas-só-me-acontecem-a-mim

Hoje fui almoçar com os meus três chefes. Apenas eu e eles. Estava lá o chefe-amigo (L), aquele que eu adoro, aquele que nunca poderia abandonar, aquele com quem vou para os copos, aquele que é o meu chefe do coração. Estava lá a chefe-de-quem-aprendi a gostar, é o tipo de pessoa que gosta de manter a postura rígida e se for preciso grita e berra e esperneia e tudo e tudo, mas que com o tempo se revela e mostra que, afinal, também gosta de rir, brincar, cuscar...enfim, que é humana e, acima de tudo, uma pessoa impecável. E estava lá A CHEFE, a chefe dos outros dois chefes, a chefe de quem toda a gente tem medo, a chefe do mundo, aquela que faz com que toda a gente pie muito, mas muito, baixinho, aquela que faz tremer quem se aproxima do seu gabinete, aquela que até faz sombra aos administradores, aquela que abre a boca para nos dizer bom dia e boa tarde, para nos perguntar como está a correr o trabalho ou para nos mandar fazer qualquer coisa. Aquela mesma que hoje ao almoço decidiu, juntamente com os outros dois, arranjar-me um...namorado!!!!!! A sério, o quão surreal foi aquilo. Era tudo a lançar nomes e a decidir qual deles era o melhor (a TODOS os níveis, sim...até a nível de desempenho coiso e tal se falou!) para mim. Estou tão estupefacta que nem consigo escrever mais, ainda estou a digerir esta estranheza toda.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Be careful what you wish for

Durante as últimas semanas andei a contar os dias, as horas e os minutos para voltar. Odeio ficar assim, com a vida em suspenso e achava que tinha desculpa para ficar amorfa, sem vontade de me mexer para o que quer que fosse. "Ah, quando voltar ao trabalho é que vai ser!" ou "Quando recomeçar a trabalhar, vou fazer um mundo e o outro!".
O estar em casa era desculpa para tudo: para o meu mau humor; para a fome na Etiópia; para o conflito Israelo-Palestiniano; para a preguiça física e mental; para a pseudo-depressão etc, etc...
E agora, que voltei, percebi que não era bem isto que eu queria. Que nem por isso me sinto mais animada ou realizada.
Não estou deprimida, estou apenas insatisfeita.

A Alzaima

"A alzaima anda aí em cima dos restaurantes e já ninguém come nada podre!"

E quem é que disse isto? O meu avô*, pois claro!


Eu só espero é que a "alzaima" não deixe os restaurantes para se voltar para o meu avô.



*Sinto-me um bocado injusta por estar a escrever um post sobre o meu avô. Ele é uma personagem tão rica em textos humorísticos que merecia um blog só para ele.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Dia Mundial da Poesia*



Legenda



Nada garante que tu existas



Não acredito que tu existas




Só necessito que tu existas




David Mourão-Ferreira



Apaixonei-me por este poema há anos à porta d' Os Fazedores. Desde então que o colo na parede das mil e umas casas por onde já passei. Um dia vou pintá-lo numa parede que seja mesmo minha.

* Eu sei que não é hoje mas também sei que amanhã não vou poder postar nada. E, para além disso, a poesia devia comemorada como o Natal, quando um homem/mulher quiser.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Too much information!

Hoje fui às compras com a mamã. Entrámos numa loja para escolher um pijama para o senhor meu pai e assim que tocámos num não-tão-mau-como-todos-os-outros já tínhamos a empregada em cima de nós.
-Boa tarde! Posso ajudar? Estão à procura de um pijama? Não gosta desse?
-Boa tarde. Errr...sim, mas o meu marido prefere modelos com calções- respondeu a minha mãe
-Ah, olhe o meu dorme sem nada!

Minha querida, aqui fica o meu eterno agradecimento por tão preciosa informação!

quinta-feira, 13 de março de 2008

These are a few of my favorite things






Adoro chegar a casa e sentar-me no sofá com uma taça de morangos no colo. Principalmente se for quinta-feira . Just perfect.

Porque estava na altura de lavar a cara ao blog...

...decidi decorá-lo (ainda mais) à la blog de gaja, daqueles lights, cheios de futilidades e disparates, porque é isso mesmo que ele é.

terça-feira, 11 de março de 2008

Ando a ser perseguida por...BEBÉS!

A sério, isto já me começa a enervar. Primeiro, foram os sonhos. Durante a semana passada andei a sonhar todos os dias que tinha um bebé. A série maternidade acabou quando sonhei que estava grávida e foi o sonho mais real de todos (eu juro que até sentia o barrigão!). E hoje, foi a visita ao centro de saúde. Fui levar a vacina do tétano que já contava com dois anos de atraso e estava na sala de espera com uma mãe e um miúdo que não tinha mais de dois anos. Quando me chamaram, dei a minha vez ao miúdo (tive pena da senhora, confesso). A seguir, vem um pai motard com a sua criança já mais crescidinha. Enquanto esperávamos e ouvíamos os gritos do primeiro puto, o pai motard mete conversa comigo:
- Pois, esta é a parte que custa mais...
- Pois, ainda por cima o miúdo é pequenino...
- É teu?

Meu?????????? Wtf?! (E não, a criatura não me conhecia de lado nenhum para me tratar por tu!)

Ainda estava a digerir a pergunta do senhor quando, já la dentro, a enfermeira começa a disparar como se me estivesse a interrogar.


Enfermeira: Então Filipa, é sempre tão simpática para dar lugar às crianças ou está com medo da vacina? Gosta de crianças, é? Já tem alguma ou anda a treinar para isso?


PÁRA TUDO!!!!!
Tenho alguma coisa escrita na testa que diga "Quero ter filhos e JÁ!" ? A sério, não percebo. Tenho 23 anos, visto-me como uma miúda, SOU uma miúda, ainda por cima desmiolada, não tenho cabeça para cuidar de mim, quanto mais de 3 kgs de gente...Quem é que no seu perfeito juízo pode achar que eu tenho/quero crianças?! Socorro!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Coisas que nos enchem a alma




You're a part time lover and a full time friend
The monkey on you're back is the latest trend
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Here is the church and here is the steeple
We sure are cute for two ugly people
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

We both have shiny happy fits of rage
I want more fans, you want more stage
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

You are always trying to keep it real
I'm in love with how you feel
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

I kiss you on the brain in the shadow of a train
I kiss you all starry eyed, my body's swinging from side to side
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

The pebbles forgive me, the trees forgive me
So why can't, you forgive me?
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

terça-feira, 4 de março de 2008

E quando, de repente, tudo aquilo que temos como garantido muda? Quando somos assombrados pela incerteza, indecisão, pena...Quando o capitão abandona o barco... Quando sabemos que aquele já não é o nosso caminho...Quando se fecha um ciclo...Quando sabemos que aquele local onde tanto crescemos, a nível pessoal e profissional, onde fizemos amizades, onde rimos, onde chorámos, onde dormimos, já não nos pertence...Quando sabemos que já nada será como dantes...

Eu, que sempre fui a miúda dos amores à primeira vista, tenho um nó na garganta tão grande, mas tão grande...